Via Agência Lusa....
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Junta de Freguesia de Amareleja exige melhoria dos cuidados de saúde na aldeia | |
A Junta de Freguesia de Amareleja, no concelho de Moura, exigiu esta terça feira a melhoria dos cuidados de saúde na aldeia, contestando a falta de médicos e o que considera uma “tentativa de acabar” com o serviço prestado. Em declarações à Agência Lusa, o presidente da junta de freguesia, António Gonçalves, disse que o Posto de Saúde de Amareleja, uma extensão do Centro de Saúde de Moura, tinha dois médicos, mas “ultimamente" esteve a funcionar "apenas um médico a meio tempo”. Uma situação que “obrigou” utentes, a maioria idosos, a “esperar muito tempo por uma consulta” ou a terem que “deixar pedidos de receitas no posto para depois serem passadas por médicos do Centro de Saúde de Moura”, lamentou. Segundo o autarca, a situação tem também “obrigado” utentes da aldeia a deslocarem-se ao Centro de Saúde de Moura ou a Beja para serem consultados. A junta de freguesia e a população de Amareleja estão “descontentes e indignados” com o que “vem sucedendo ultimamente” no Posto de Saúde, o que “revela a tentativa em curso de acabar com o serviço de assistência que tem existido”, disse. De acordo com António Gonçalves, a junta e a população exigem a “melhoria” do serviço público de cuidados de saúde primários no Posto de Saúde de Amareleja, nomeadamente com a colocação de “dois médicos a tempo inteiro”, o que é “fundamental” para satisfazer as necessidades dos 2700 habitantes da aldeia, a maioria idosos. A população de Amareleja, reunida em plenário no passado sábado, aprovou uma deliberação com as exigências relativas ao serviço prestado no Posto de Saúde e que vai ser enviada ao ministro da Saúde e à Administração Regional de Saúde do Alentejo. “O encerramento do Posto de Saúde de Amareleja nunca esteve em causa, nem faz parte do horizonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo”, que “não quer deixar a população sem os devidos cuidados de saúde”, disse hoje à Lusa a diretora do Centro de Saúde de Moura, Isabel Barreto. Segundo a médica, o Posto de Saúde de Amareleja tinha dois clínicos, uma médica a tempo inteiro e um médico a prestar 18 horas semanais. No entanto, a médica a tempo inteiro esteve de baixa durante maio e junho e, entretanto, voltou ao serviço, mas foi substituída por um médico que começou a prestar serviço há uma semana e durante 21 horas semanais. De acordo com Isabel Barreto, desde há uma semana que estão dois médicos no Posto de Saúde de Amareleja, num total de 39 horas semanais, ou seja, um durante 21 horas semanais e outro durante 18 horas semanais. “Não é a situação ideal, mas é a possível atualmente” devido à “carência de médicos a nível nacional”, disse, frisando que a situação irá “melhorar” em setembro, quando será colocado um médico a tempo inteiro no Posto de Saúde. A partir de setembro, através do horário do novo médico, que irá substituir o que atualmente presta 21 horas semanais, juntamente com o horário do que trabalha 18 horas semanais, o Posto de Saúde vai ter dois médicos durante “mais de 45 horas” por semana, disse, referindo que “não é o ideal, mas é o suficiente para uma aldeia que não chega às 3000 pessoas”. |
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