O poder já restou monstro moribundo
Arrasta-se varado setas da igualdade
Mãos desse povo conquistam liberdade
Não é mais senhor dono deste mundo
Ele ainda urra gemidos de agonia
Impos de soberba vingador prepotente
Palpa ao acaso falta luz na frente
Fôra vitimado pela cegueira e anemia
Já perdeu escravos reinado absoluto
Se algo o sustem é falsa democracia
Num cerco fechado vale-lhe ser astuto
Porém o manhoso não vai a distância
Só na escuridão e hoje é sempre dia
Breve morrerá junto á ignorância
Domingos Fialho Barreto
In "Rescaldos do Vinte Cinco de Abril" Poesias
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