O mundo do século XXI enfrenta um dilema sem precedentes na História da Humanidade: como sustentar o crescimento económico – e as inevitáveis necessidades energéticas que lhe estão associadas – e, ao mesmo tempo, mitigar os efeitos das alterações climáticas.
Um problema sem solução, com consequências nefastas, a curto prazo? Ou, por outro lado, uma janela de oportunidades para o desenvolvimento de novos produtos e serviços não poluentes e para o aperfeiçoamento de tecnologias que permitam maximizar o consumo de energias limpas? É desejável que a segunda hipótese seja a correcta, em particular, para Portugal. A sua concretização não será, porém, nada fácil. Implicará o envolvimento de toda a sociedade: consumidores, empresas e governantes. Por isso, a VISÃO, a Exame e o Ministério da Economia associaram-na na organização de uma conferência internacional sobre inovação e energias renováveis – a Lisbon Innovation and Renewable Conference –, que decorrerá nos próximos dias 15 e 16, na Fundação Oriente, em Lisboa.
Quem convidámos, além de empresários, economistas e políticos nacionais e estrangeiros de renome? Sir Nicholas Stern, o economista britânico que, há dois anos, abalou o mundo com um relatório no qual previa que os países precisavam de gastar um por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) para combater o aumento dos níveis dos gases com efeito de estufa, ou a economia mundial iria sofrer um rombo até 20% do PIB global.
Em 2008, as suas previsões não melhoraram: as alterações climáticas estão a acontecer mais rapidamente que o previsto e são agora precisos 2% do PIB para atacar o problema. E por falar em dinheiro, o nome de sir Richard Branson não lhe vem à memória? Branson, recorde-se, é o empresário que, aos 22 anos, apercebendo-se de uma oportunidade de negócio na venda de discos com desconto, abriu uma loja em Oxford Street, Londres, chamada Virgin. A mesma marca que, actualmente, dá nome a mais de 360 empresas e colocou Branson no número 245.° da lista Forbes 2008, que elenca as pessoas mais ricas do mundo. Mas desde que, em 2006, diz a lenda, tomou um pequeno-almoço esclarecedor com Al Gore, sir Richard tornou-se, igualmente, um fi lantropo da causa ambiental.
Logo nesse ano, o multimilionário britânico anunciou o investimento da totalidade dos lucros das empresas de transportes do grupo Virgin em investigação sobre combustíveis amigos do ambiente, durante dez anos. Mais de 2 mil milhões de euros. Em 2007, lançou o Virgin Earth Challenge, um prémio de 17,5 milhões de euros para a pessoa (ou grupo) que – em cinco anos – consiga inventar um processo comercial capaz de extrair da atmosfera, em dez anos, os gases de efeito de estufa de origem antropogénica. E, este ano, patrocinou a primeira viagem num avião movido a biocombustível. Na verdade, com 5% de biocombustível. Uma proeza mais amiga do negócio do que do ambiente? Se sir Richard não revelar o segredo, dia 15, em Lisboa, a posteridade o dirá.
Uma coisa é certa: a energia que consumirmos no futuro será fruto de um mix de fontes fósseis com uma fatia cada vez maior de renováveis. E para a energia nuclear, crescerá a parcela? O comissário europeu para a Energia, o letão Andris Piebalgs – outro dos nossos convidados – não quer deixar o nuclear fora do debate europeu. Em Portugal, para já, são as renováveis que estão a abrir novas frentes de negócio. E só agora começámos. "
De 26 a 28 de Setembro de 2008, no Parque de Exposições de Moura irá decorrer o festival MOURA JOVEM 08.
Para mais informações visite o site www.mourajovem.com
A Escola Básica Integrada de Amareleja informa que as actividades do ano lectivo 2008/2009 terão inicio no dia 12/09/2008 pelas 9h30.
O Amarelejando deseja a todos um bom ano lectivo, cheio de sucessos, e novas aprendizagens.
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