"Amareleja, freguesia do concelho de Moura e distrito de Beja situada em plena margem esquerda do Guadiana, tem algumas características especiais comuns a esta região, muito condicionada pela geografia e história.
Situada a uns três quilómetros do alto Alentejo (concelho de Mourão, distrito de Évora ), e a uns seis da fronteira espanhola, tem em Valência del Monbuey, com quem recentemente foi geminada, a mais próxima povoação da Estremadura espanhola, integrada em termos administrativos na província de Badajoz.
Não abundam os dados sobre a Amareleja antiga. Sabe-se que estes campos foram povoados desde os tempos mais remotos, havendo em termos arqueológicos, vestígios, nomeadamente a nível de enterramentos e algum espólio (cerâmica e vasos) da época romana. As margens dos ribeiros do Moinhato e Vale Tamujo- a região conhecida por Vale Navarro – são as que mais restos do passado concentram.
Quanto ao nome, há também muitas dúvidas, e aceita-se, como hipótese mais sustentável que o nome da povoação tenha derivado do grande número de flores amarelas que na Primavera cobrem os campos. Nos últimos anos tem-se escrito e dito que a povoação se formou a partir de pastores transumantes, que no início da nacionalidade, aqui começaram a acampar vindos do país vizinho, e das Beiras. Mas a verdade é que não há nenhum indício ou documento que aponte nesse sentido devendo pois entender-se tais origens como meras convicções pessoais. A única coisa que, com segurança, se pode afirmar é que só em 1527 a Amareleja aparece pela primeira vez referenciada num documento – o censo de D. João III - então com o nome de Marellega, e sendo nessa altura a quarta povoação, em importância e habitantes, no concelho de Moura.
Sabe-se ainda que estes campos se desenvolveram, como em todo o sul do País, sob a influência das ordens, com destaque para as de Malta e Hospital. A localização da Amareleja, em matéria geográfica, também não ajuda em termos de procura das origens. A margem esquerda do Guadiana, na qual se insere, só se tornou definitivamente Portuguesa a partir de 1295 ou, mais provavelmente, 1297, na sequência do Tratado de Alcanices, com que D.Dinis traçou as actuais fronteiras do País. Antes disso, essa região, no prosseguimento da Reconquista, era com frequência, mercê de ocupações militares, tratados e doações, ora Portuguesa, ora Islâmica, quando não Leonesa e Castelhana.
Todos estes conflitos se repercutiram na actividade económica, havendo igualmente documentação, que refere os prejuízos a nível agrícola e pecuário, verificados em diversas propriedades vizinhas da Aldeia. Por esses tempos, algumas das principais famílias do Reino, como as casas de Aveiro, Távora e Santa Cruz tinham aqui propriedades.
Outras épocas conturbadas, como as guerras napoleónicas e as guerras civis dos princípios de oitocentos deixaram, igualmente marcas na Aldeia.
A partir de 1850, e coincidindo com o período de estabilidade na vida nacional, a Amareleja começou a distanciar-se das povoações vizinhas, com um notório incremento da produtividade agrícola e grande crescimento populacional. Em finais desse século era já a mais populosa e importante freguesia do Concelho.
Entrando o século XX, o desenvolvimento não pára e nos anos trinta e quarenta, com cerca de 9000 habitantes, torna-se na maior Aldeia do País, com população e actividade superior á de muitas sedes de concelho e até de algumas cidades.
Por essa altura os seus habitantes eram tidos como muito empreendedores e trabalhadores, estendendo a sua actividade não só pelas povoações próxima, como terras afastadas.
Se, em geral, uma povoação cresce, atinge um máximo, estaciona e começa a decair, em Amareleja não sucedeu exactamente assim. Nos anos trinta, quando a Aldeia chegava ao seu expoente demográfico, ao máximo da população até então conseguida, já, uns bons anos antes começara a expulsar gente. Ou seja, crescia mas sem conseguir absorver todos os seus filhos.
A inicio este movimento migratório dirigiu-se, maioritariamente para as povoações vizinhas. Depois, outras zonas do Alentejo e Lisboa. Seguindo-se o resto do País e o estrangeiro.
Nos anos sessenta, como em todo o interior, a fuga atingiu o máximo, encabeçada por Lisboa e arredores, outros pontos atractivos do Litoral e Europa comunitária. Daí para cá o despovoamento prosseguiu, num processo que não mais teve fim.
Que motivos levaram a este despovoamento?
Para além das razões nacionais e internacionais crises económicas, guerras, opções estratégicas, comuns a todo o País (e não só) há aspectos que os locais já nos anos trinta e quarenta apontavam.
Em primeiro lugar, a área da freguesia, muito pequena para nela se poder movimentar e produzir tão grande população. Outras freguesias do concelho, com muito menos população tinham e, ainda hoje têm, áreas maiores. Em segundo, uma divisão administrativa anacrónica colocava (situação que ainda hoje se mantém) grande parte das terras da Aldeia nas freguesias vizinhas – Póvoa – Estrela, Santo Amador e Granja, esta noutro concelho. Em terceiro a rede viária, praticamente inexistente afectava grandemente os produtivos, comércio e exportação incluídos.
Conscientes do problema, as Juntas de Freguesia da época tentaram que se trouxesse para ela uma delegação do fisco, notariado, parte das contribuições pagas e vias de comunicação. Pretendiam ainda, com estas medidas, preparar as bases para uma autonomia, em vista á criação de um pequeno concelho.
Frustrado tudo isto e, atento ainda o desinteresse do poder central, a incapacidade local e nacional em absorver tanta gente dinâmica só podia levar a um êxodo rural e uma emigração sempre crescente.
A maior aldeia do País apagava-se progressivamente, desertificada e envelhecida, apesar de algumas das suas produções - uvas de mesa, passas de uva, vinho e melões – gozarem de justa fama por todo o País.
E foi assim que, um pouco por todo o lado que os Amarelejenses se foram espalhando. Só em Lisboa e arredores, incluindo a sua descendência, contam-se milhares. Muitos há ainda noutras regiões do Pais e por esse Mundo fora, não é difícil encontrar gente da Amareleja, em todos os Continentes. Em 1991, foi a Amareleja elevada a Vila numa época em que a sua população era já menos de metade da que contava nos tempos áureos. Acrescente-se porém que esta promoção, meramente honorifica, nenhum benefício por, si só trouxe.
Resta esperar que as grandes alterações trazidas pelo empreendimento de Alqueva possam ao menos, estancar a hemorragia."
A 8.ª edição da Feira da Vinha e do Vinho de Amareleja decorre de 5 a 8 de Dezembro de 2009 na escola das cancelinhas. Uma organização conjunta da Câmara Municipal de Moura e da Junta de Freguesia de Amareleja irá contar com a participação de cerca de 44 expositores, e este ano é patrocinada pela Caixa de Crédito Agricola, a Companhia de Seguros Zurich, a empresa JJTomé e a sociedade da Herdade dos Arrochais. A qui fica então o cartaz e o programa completo.
Visite-nos, vai ver que vale a pena.
Dia 5 (Sábado)
09.00 H - TT Rota dos Vinhos de Amareleja 2009 – concentração no “Largo do Regato”
20.00 H - Sessão de Inauguração da Feira
21.00 H - Actuação dos Grupos: Coral Masculino da Casa do Povo de Amareleja e Coral Feminino “Espigas Douradas”
22.30 H - Actuação da “Tuna Sabes” da Escola Superior de Educação de Lisboa
Dia 6 (Domingo)
19.00 H - Actuação do grupo de música tradicional Portuguesa “Cantes do meu Cante”
21.00 H - Actuação do grupo espanhol “Sones Romeros” de Ensinasola (Huelva)
22.30 H - Actuação do grupo “Quarteto Eléctrico”
Dia 7 (Segunda-feira)
20.00 H - Actuação dos Grupo Coral da Sociedade Recreativa Amarelejense
21.00 H - Concerto de Acordeões
Dia 8 (Terça-feira)
18.00 H - Concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica União Musical Amarelejense
"Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”. Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com cerca de 6000 voluntários.
Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta, e pelo futuro dos nossos filhos.
Muito ainda há a fazer, pelo que toda a ajuda é bem vinda!
Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet, www.limparportugal.org, onde tem toda a informação de como o fazer.
O projecto Limpar Portugal também está aberto a parcerias com instituições e empresas, públicas e/ou privadas, que, através da cedência de meios (humanos e/ou materiais à excepção de dinheiro) estejam interessadas em dar o seu apoio ao movimento.
No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema."
Este é o nosso grupo, aceitam-se inscrições e todos os contributos serão bem vindos.
Vamos limpar a nossa terra? Ou vamos ficar em casa?
Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar
Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só
Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar
E porque hoje é dia de St.ª Cecilia, dia da musica e dos musicos.
Por cá o fim de semana foi de festa, a Sociedade Filarmónica União Musical Amarelejense, que no ano passado comemorou o seu 150.º aniversário, encarregou-se da organização de várias actividades que decorreram no Sábado e no Domingo.
Parabéns a todos os músicos, e especialmente para a nossa banda.
Pois é recebi hoje um mail, onde me perguntavam se o Amarelejando estava com algum problema de natureza técnica ou outra, por não haver novidades há já alguns dias.
Estou quase quase a voltar à normalidade. É que para além de funcionária pública, também sou trabalhadora independente. E neste momento estou com algumas actividades extras a mais. Eu sei que um post demora 10 minutinhos a publicar, mas .... não tem sido fácil.
Ingredientes: ½ L de Grão; 500g de Carne de Porco; 500g de Galinha do Campo; 200g de Linguiça; 200g de Chouriço; 2 Cenouras; Hortelã e Sal qb.
Preparação: Ponha o grão de molho, bem coberto de água fria e com uma travessada de sal, de um dia para outro. Tempere as carnes com um pouco de sal. Coloque o grão, a carne de porco e a galinha na panela de pressão. Num tacho leve a ferver a linguiça e o chouriço, para retirar o excesso da gordura. Quando o grão estiver cozido junte os enchidos cortados em rodelas e a cenoura aos quadradinhos, rectifique o sal e antes de servir junte um raminho de hortelã.
O cozido de grão era um dos pratos principais que antigamente se servia nos casamentos, a par do ensopado de borrego e da canja de galinha. Normalmente também se colocava carne de borrego. Eu como não aprecio a carne de borrego adaptei a receita, mas quem gostar pode também acrescentar.
Cala-te, a luz arde entre os lábios, e o amor não contempla, sempre o amor procura, tacteia no escuro, essa perna é tua? esse braço?, subo por ti de ramo em ramo, respiro rente à tua boca, abre-se a alma à língua, morreria agora se mo pedisses, dorme, nunca o amor foi fácil, nunca,
Amareleja, edifício sede da Junta de Freguesia, 31 de Outubro de Dois Mil e Nove pelas 21h00, foi eleita a Assembleia de Freguesia de Amareleja bem como o executivo da Junta de Freguesia, para o quadriénio 2009/2013.
Maria Alexandre S. F. Branco - Presidente da Assembleia Cessante
António José Valadas Gonçalves - Presidente da Junta eleito
Manuel Cipriano Ramalho - Presidente da Junta Cessante
Vista Geral
Assembleia de Freguesia de Amareleja eleita
Vista Geral
Ficam assim constituidos os órgãos:
Junta de Freguesia:
Presidente: António José Valadas Gonçalves - Movimento Independente
Secretário: Alfredo Manuel Frasquilho Guerra - Movimento Independente
Tesoureira: Florbela Fontes Bonito - Movimento Independente
Assembleia de Freguesia:
Presidente: António Branco Angelino - Movimento Independente
1.º Secretário: Manuel Inocentes Rodrigues - Movimento Independente
2.º Secretário: Maria Florência M. Guerreiro - Movimento Independente
Manuel Cipriano Ramalho - CDU
Maria de Fátima Agulhas Calero Caro - CDU
José Felicio Fernandes - CDU
Manuel Agostinho Modesto Robles - CDU
Arnaldo Moreno Monteiro - Movimento Independente
Marcelino da Silva Ferreira - Movimento Independente