Mais fotografias do 1.º Raid BTT Amareleja, desta vez enviadas pela amiga Sandra Frade. Obrigado Sandra
Pois é, parece que fui enganada.
"Aquilo não custa nada, é só um passeio blá blá blá.... blá blá blá"
Meus senhores não vos digo nem vos conto, iam acabando comigo, 25km, sim leram bem 25km de "barrêras" e "precepícios", e só com direito a umas breves paragens, tão breves que nem dava tempo para respirar, a paisagem até era bonita, mas nem nos deram tempo para a apreciar. Mas eu não desisti, que eu não sou cá mulher de desisir de nada, era só o que faltava!!!
Cheguei em último, mas consegui atingir o objectivo traçado "chegar ao fim".
Bem pelo menos a história do "pic-nic" quero dizer "abastecimento"era verdade, e as mocinhas que lá tavam eram tão simpáticas, tão simpáticas, foi a sorte, se não, não sei se teria aguentado.
Ahhh já me esquecia, também quero agradecer ao Quim "carro vassoura", que me apoiou nos momentos mais dificieis e ao senhor Zé e ao Luís que me empurrava nas subidas mais íngremes e a todas as colegas que esperavam por mim para eu não ficar sozinha, enfim sem eles não teria conseguido!!
As fotos, bem as fotos foi o que consegui arranjar, dadas as circustâncias até não estão muito más, mas há mais aqui e aqui
Já devem ter percebido que estou brincar!!!! Correu lindamente, parabéns à organização, a culpa é mesmo minha, tenho andado a faltar aos treinos, pró ano já não me enganam, começo a treinar dois ou três meses antes.
Eu Sou do Tamanho do que Vejo
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Sim mais um, porque também vou participar e ainda não estou inscrita.
In Rádio Pax
160 inscritos participam no 1º Raid de Amareleja
A Associação Cultural e Artística 4 Esquinas organiza hoje o 1º Raid de BTT naquela localidade.
Os percursos vão passar pela freguesia da Póvoa de São Miguel, pelos caminhos de Amareleja e pela maior central fotovoltaica do mundo, “o ponto mais engraçado da freguesia”, explica um dos organizadores. Humberto Caro adianta que a iniciativa já tem 160 participantes inscritos “dos dez aos 60 anos”, mas o objectivo é “contar com muitos mais”.
Para o grupo, “era muito engraçado que o primeiro raid fosse logo com muitas pessoas”. O convívio, aliado à prática desportiva, são os objectivos do encontro, explica Humberto Caro.
TRIUNVIRATO
I
Pai quem é aquela
No coreto da praça
Com saia rodada
Espingarda de caça?
A senhora Política
Falando ao povinho
Que nunca a entende
E só bebe vinho
Por que veste assim
E vem de espingarda
Tem pregas tão fundas
Em saia tão parda?
Cada prega um partido
Todos vêm à caça
Trá-la às vessas
Para ver se passa
No direito é listada
Pra todos os gostos
Conforme ideais
Classes e postos
Do avesso é igual
Porque todos lá estão
É aliança táctica
Ou coligação
As pregas são fundas
Segundo a manha
Por isso em balão
De roda tamanha
Ninguém a percebe
Na lamúria gritada
A todos promete
Mas nunca deu nada
Meu povo! Meu povo!
Diz essa verdade
É dela inteiro
Eis a «igualdade»
II
Pai quem é aquela
No adro da igreja
Com a cruz na mão
Faz gestos pragueja?
A Senhora Religião
Falando ao povinho
Que não a entende
E quer ser santinho
Por que veste de negro
Tem a cruz na mão
Faz gestos pragueja
E diz «meu irmão»?
Ela veste de negro
Pois trabalho no escuro
Quanto menos se veja
Maior o seguro
Tem a cruz na mão
Só pra disfarçar
Pois tem os punhais
Atrás do altar
Ela não pragueja
Mas fala latim
Só na excomunhão
Faz cara ruim
Não se sabe onde
Diz ter um inferno
E quem se lhe opõe
Ir pró fogo eterno
A troco de um céu
Que não diz onde está
Explora o povinho
Mas nada lhe dá
Meus fiéis! Meus fiéis!
A verdade que diz
Porque o povo é fiel
Por isso infeliz
III
Pai quem é aquele
Vestindo elegante
Vem de automóvel
Com altifalante
É o Senhor Aldrabão
Falando ao povinho
Que não se apercebe
Do falso caminho
Tem ares de importância
Vestindo elegante
E fala no que for
Mesmo ignorante
No seu porte altivo
Parece eminência
Tudo compra e vende
Até consciência
Com altifalante
Chama a atenção
Faz-se ouvir longe
Nem parece ladrão
Só de automóvel
Vai a todo o lado
Um ladrão diferente
Bem acomodado
Está mui protegido
Tem leis a favor
Compra sua honra
Guarda e doutor
Com aquelas damas
Faz triunvirato
Tiram pão ao povo
Comem num só prato
A povo diz «Senhor!»
A única verdade
Merece senhoria
A honestidade
IV
Pai quem é aquele
Com a cabeça inchada
Nu e magrinho
Que nunca diz nada?
Esse é o povinho
De vida arrastada
Que houve charlatões
Ao largar a enxada
Porque vem nu magrinho
Tem a cabeça inchada
Escuta charlatões
E nunca diz nada?
Está nu magrinho
Pois tiraram-lhe tudo
A troco de mentiras
E ele ficou mudo
Tem a cabeça inchada
Pela confusão
Porque onde chega
Só houve aldrabão
Parece ser mudi
Pois vai oprimido
Mandam-no calar
Ao primeiro gemido
Não tem liberdades
São desses Senhores
Que mesmo charlatões
Alguns são doutores
Deixa que o mandem
Sente-se inferior
Ele mesmo a si
Não se dá valor
É tão desgraçado
Que nem se revolta
Da opressão miséria
Que sente à volta
Dão-lhe duas coisas
De resto mais nada
Por vezes favor
O vinho e enxada
V
Obrigado meu pai
Pela explicação
Eu quero ser povo
Odeio charlatão
Mas povo diferente
Vestido com pão
E se a cabeça inchar
Seja a revolução
Domingos Fialho Barreto
In "Rescaldos do Vinte Cinco de Abril" Poesias
Na nota introdutória o autor refere que o livro ficou concluido em 1978 mas o tema continua bem actual.
Hoje por volta das 8 horas da noite este pôr do sol magnifico, podia observar-se da minha varanda. Pena as antenas de televisão estragarem a beleza do cenário, no meio do casario é quase impossível obter uma fotografia sem que os malditos cabos e as inestéticas antenas se atravessem pelo caminho.
Carne de Porco à Alentejana
Ingredientes: 1 Kg de Carne de porco do lombo; 3 C. sopa de massa de pimentão; 6 dentes de alho; 1 Kg de Amêijoas; 1 ramo de coentros; azeite qb.
Preparação: Corta-se a carne aos quadradinhos e tempera-se de véspera com a massa de pimentão. Num tacho coloca-se o azeite e a carne temperada, acrescentam-se os alhos esmagados sem retirar a pele e deixa-se cozer em lume brando e com o tacho tapado para não queimar. Quando a carne estiver quase cozida acrescentam-se as amêijoas . Antes de servir tempera-se com os coentros frescos picados.
Nota: Acompanha com batas fritas.
Já aqui tinha divulgado este evento, é já no próximo Domingo dia 26, não falte.
Mais informações aqui, no site Amareleja BTT
Os Captivos
Encostados às grades da prisão,
Olham o céu os palidos captivos.
Já com raios obliquos, fugitivos,
Despede o sol um ultimo clarão.
Entre sombras, no longe, vagamente,
Morrem as vozes na extensão saudosa.
Cae do espaço, pesada, silenciosa,
A tristeza das cousas, lentamente.
E os captivos suspiram. Bandos de aves
Passam velozes, passam apressados,
Como absortos em intimos cuidados,
Como absortos em pensamentos graves.
E dizem os captivos: Na amplidão
Jamais se extingue a eterna claridade...
A ave tem o vôo e a liberdade...
O homem tem os muros da prisão!
Aonde ides? qual é vossa jornada?
Á luz? á aurora? á immensidade? aonde?
— Porém o bando passa e mal responde:
À noite, á escuridão, ao abysmo, ao nada! —
E os captivos suspiram. Surge o vento,
Surge e perpassa esquivo e inquieto,
Como quem traz algum pezar secreto,
Como quem soffre e cala algum tormento.
E dizem os captivos: Que tristezas,
Que segredos antigos, que desditas,
Caminheiro de estradas infinitas,
Te levam a gemer pelas devezas?
Tu que procuras? que visão sagrada
Te acena da solidão onde se esconde?
— Porém o vento passa e só responde:
A noite, a escuridão, o abysmo, o nada! —
E os captivos suspiram novamente.
Como antigos pezares mal extinctos,
Como vagos desejos indistinctos,
Surgem do escuro os astros, lentamente.
E fitam-se, em silencio indecifravel,
Contemplam-se de longe, mysteriosos,
Como quem tem segredos dolorosos,
Como quem ama e vive inconsolavel...
E dizem os captivos: Que problemas
Eternos, primitivos vos attrahem?
Que luz fitaes no centro d'onde saem
A flux, em jorro, as intuições supremas?
Por que esperaes? n'essa amplidão sagrada
Que soluções esplendidas se escondem?
— Porém os astros tristes só respondem:
A noite, a escuridão, o abysmo, o nada! —
Assim a noite passa. Rumorosos
Susurram os pinhaes meditativos,
Encostados ás grades, os captivos
Olham o céo e choram silenciosos.
Antero de Quental, in 'Sonetos'
O LOBO MAU CAIU PARA DENTRO DO CALDEIRÃO E OS TRÊS PORQUINHOS VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE...
A próxima edição da Feira dos Tarraços e Feirinha dos Mais Novos é já no dia 18 de Setembro. Tem coisas lá em casa que já não usa e que ainda podem servir a outros? Então traga-as, para venda ou troca. Inscreva-se
é dia de regresso às aulas.
Preparam-se as mochilas, compram-se os materiais escolares e os livros, terminam-se os trabalhos de casa e parece que está tudo apostos para mais um ano. Cá em casa temos gentinha muiiiinto perguiçosa e com pouca vontade de começar, mas temos esperanças que este ano corra melhor do que aquele que passou, embora os resultados finais até nem tenham sido maus de todo, parece-nos que com um pouco mais de dedicação e um pouco menos de perguiça poderiam ter sido bem melhores.
No meu tempo e já lá vão uns anitos a professor Lucia não facilitava, era muito exigente, mas ainda bem que assim era, hoje compreendo-a melhor e agradeço a sua dedicação, a sua paciência e o seu profissionalismo.
Resta-me então desejar a todos um excelente ano lectivo 2010/2011.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: «La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos».
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.
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Pablo Neruda, 1924 |
O video, um excerto do filme "O carteiro de Pablo Neruda" é apenas um extra. Um bonito extra....
... e o Verão terminou e os dias começam a ficar mais curtos, será altura de regressar. Vem aí o Outono , com ele chegam os dias cinzentos, começam a cair as primeiras folhas das árvores, mais tarde será a vez da chegada da chuva e do frio e entretanto sou invadida por uma nostalgia e uma tristeza que não consigo explicar.
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