
“O Grito”, Edvard Munch
Há dias assim, em que acordamos com uma angústia não explicada, uma nostalgia não entendida e nos apetece estar escondidos num cantinho bem longe de todas as tarefas a que o dia-a-dia nos obriga.
Nesses dias, qualquer coisa nos leva ao passado, nos transporta a uma realidade já vivida. Pode ser uma paisagem, um acontecimento, uma música, apenas um gesto ou uma palavra.
Hoje encontro-me assim, meia perdida no meu passado, recordando lugares e pessoas que por mim se cruzaram e cuja vida interferiu na minha. A nostalgia toma conta dos meus movimentos e pensamentos e só me apetece ficar comigo e com as minhas memórias….
Não são muitas as vivências que, até hoje, coleccionei mas que importa? Não quero uma vida cheia de momentos insignificantes, mas sim de poucos mas bons momentos. Podemos viver uma vida num minuto e, na verdade, as melhores coisas que nos acontecem na vida, as mais emocionantes, são aquelas que não nos deixam parar para pensar e nos impelem a viver cada instante.
Há dias assim… em que apenas nos apetece saborear o passar do tempo…